terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Novos valores de referência para vitamina D

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) divulgou recentemente novo valor de referência para vitamina D. Anteriormente, era considerado normal um valor maior de 30ng/mL, porém a SBPC/ML recomenda que a partir de agora seja considerado normal valores acima de 20ng/mL. Segundo a mesma instituição, pacientes que estão com concentração plasmática entre 20 a 30 ng/mL não necessitam de reposição da vitamina. 

O posicionamento do Departamento após a alteração é de que:
  • Maior do que 20 ng/mL é o desejável para população geral saudável;
  • Entre 30 e 60 ng/mL é o recomendado para grupos de risco como idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismos, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pré-bariátricos;
  • Entre 10 e 20 ng/mL é considerado baixo com risco de aumentar remodelação óssea e, com isso, perda de massa óssea, além do risco de osteoporose e fraturas;
  • Menor do que 10 ng/mL muito baixa e com risco de evoluir com defeito na mineralização óssea, que é a osteomalácia, e raquitismo.

domingo, 15 de outubro de 2017

Esteatose hepática (gordura no fígado): o papel da dieta

A esteatose hepática é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado. A esteatose hepática pode ser classificada em alcoólica, causada pelo consumo excessivo de álcool, e não alcoólica, provocada por diversos fatores, entre os quais se destacam excesso de peso e sedentarismo. Em média uma em cada cinco pessoas com sobrepeso desenvolvem esteato-hepatite não alcoólica.

A esteatose pode ser identificada por exame de sangue, quando há alterações nas enzimas hepáticas, ou por exame de imagem. Pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas causas forem controladas. O diagnóstico em fase inicial é fundamental para evitar a progressão da doença, que pode culminar em cirrose, com comprometimento severo das funções do fígado, ou câncer de fígado.

O tratamento inclui a associação de acompanhamento médico e uso de medicamentos, acompanhamento nutricional, atividade física e mudanças no estilo de vida (cessação do consumo de álcool e do tabagismo). Em indivíduos obesos, a perda de peso é o objetivo principal para a redução da gordura no fígado.

A dieta deve priorizar o consumo de alimentos de origem vegetal, grãos e cereais integrais, preparações com baixo teor de gordura, carboidratos com baixo índice glicêmico, carnes magras. Além disso, deve optar-se por alimentos grelhados, assados ou cozidos para não adicionar gordura aos alimentos. Alimentos ricos em açúcar e sal, embutidos, manteiga, óleos, bolos com cobertura, sonhos, goiabada, doce de leite, frituras, pizzas, sanduíches, hambúrgueres e alimentos industrializados, por exemplo, devem ser evitados.


O acompanhamento nutricional tem papel fundamental tanto na prevenção quanto na reversão da doença.