O sorgo (Sorghum bicolor L.) é um cereal da família Poaceae, nativo das regiões tropicais da África. É o quinto cereal mais produzido no mundo, sendo antecedido pelo trigo, arroz, milho e cevada, e o quarto no ranking de produção brasileira. É um dos cereais mais resistentes ao calor e à seca.
O sorgo é considerado a base alimentar de milhões de pessoas no mundo, principalmente em países da África e Ásia, suprindo cerca de 70% da ingestão calórica diária. É utilizado como ingrediente na elaboração de mingaus, barra de cereais e produtos de panificação. No entanto, no Brasil, o sorgo ainda vem sendo cultivado visando a produção de grãos para indústrias de ração animal ou como forragem para alimentação de ruminantes. Praticamente não há consumo desse cereal na alimentação humana no Brasil, possivelmente devido ao desconhecimento ou por questões culturais.
O sorgo é um grão de baixo custo e, por conseguinte, é possível a produção de produtos alimentares derivados de sorgo com baixo custo. Um dos usos potenciais do sorgo é na elaboração de produtos sem glúten para indivíduos portadores de doença celíaca e, ou outras intolerâncias alimentares ao trigo.
O sorgo apresenta-se como uma possibilidade de consumo aos cereais convencionais em função da elevada concentração de compostos bioativos (antocianinas, taninos, entre outros), minerais (ferro, zinco, entre outros), fibra alimentar, vitamina E e carotenoides, que contribuem para a elevada capacidade antioxidante do cereal.
Os produtos à base de sorgo podem, portanto, ser úteis para reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário