De acordo com dados da National Health and Nutrition Examination o consumo diário de alimentos de origem animal tem aumentado nos últimos anos. Por outro lado, o consumo de frutas e vegetais diminuiu. Tais comportamentos alimentares têm grande influência sobre a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis. Com o aumento do consumo de carne (>500g/semana), a prevalência de dislipidemia e câncer tem aumentado.
Estudo publicado na Clinical Nutrition Research avaliou o efeito de uma mudança transitória para uma dieta vegetariana rica em vegetais e frutas em alunos do ensino médio e professores.
Participaram do estudo 40 indivíduos (26 alunos entre 14-16 anos e 14 professores). Análises do consumo alimentar, hábito intestinal/estresse, dados antropométricos e amostras de sangue foram realizadas antes e após um período de dieta vegetariana de 12 semanas.
As refeições foram preparadas pela nutricionista da escola e fornecidas para os alunos e professores participantes da pesquisa. Foram realizadas sessões de educação nutricional para manter os hábitos da dieta em casa durante outras refeições e aos finais de semanas.
Após 12 semanas, os autores observaram redução do IMC e do colesterol total nos estudantes e nos professores. Também foi observada redução do LDL-c dos professores e aumento nos níveis séricos de cálcio e vitamina B12 nos alunos e professores. Os professores apresentaram melhora no nível de estresse. Houve também redução/melhora da constipação intestinal dos participantes.
Os autores concluem que a dieta vegetariana melhorou o estado de saúde dos participantes do estudo, sugerindo que um cardápio vegetariano pode ser uma alternativa da alimentação escolar, sem representar qualquer dano, proporcionando benefícios à saúde de professores e estudantes.
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