O consumo de bebidas açucaradas está associado a ganho de peso, diabetes tipo 2 e aumento do risco cardiovascular em adultos. As bebidas açucaradas incluem refrigerantes e sucos industrializados com adição açúcar.
Estudos mostram que o consumo de bebidas açucaradas é frequente entre as crianças e adolescentes e está associado a obesidade e risco de alterações cardiometabólicas. No Brasil por exemplo, as crianças e os adolescentes consomem cerca de 21 quilos de açúcar por ano só considerando as bebidas.
Estudo publicado na revista The American Journal of Clinical
Nutrition demonstrou que o consumo frequente de bebidas açucaradas
aumentou o risco cardiometabólico em adolescentes.
O estudo incluiu dados de 1433 adolescentes, com idade entre 14 e 17 anos, que foram acompanhados do nascimento até a adolescência. O consumo de bebidas açucaradas foi avaliado por meio de questionário de frequência alimentar. Foram avaliados o IMC, perímetro da cintura, pressão arterial, perfil lipídico, níveis de glicemia de
jejum e insulina, com a finalidade de estimar o risco cardiometabólico.
Os níveis de consumo de bebidas foram divididos em
tercis: 0 a 0,5 porções/dia (125 ml/dia); > 0,5 a 1,3 porções/dia
(> 125 a 750 ml/dia; e > 1,3 porções/dia (> 750 ml/dia), em que
cada porção foi equivalente a 250 ml.
Observou-se que 89% dos adolescentes consumiam em média 1,3 porções/dia de bebidas açucaradas. As adolescentes com consumo > 1,3 porções/dia apresentaram aumento do risco de sobrepeso e obesidade, e maior risco cardiometabólico. Entre os rapazes houve redução nas concentrações séricas de HDL-colesterol, com redução de -3,1%, independentemente do ganho de peso. Todos os adolescentes, tanto do sexo feminino e masculino, que aumentaram o consumo para > 1,3 porções/dia apresentaram aumento dos níveis sanguíneos de triacilglicerois (aumento entre 7,0-8,4%).
Observou-se que 89% dos adolescentes consumiam em média 1,3 porções/dia de bebidas açucaradas. As adolescentes com consumo > 1,3 porções/dia apresentaram aumento do risco de sobrepeso e obesidade, e maior risco cardiometabólico. Entre os rapazes houve redução nas concentrações séricas de HDL-colesterol, com redução de -3,1%, independentemente do ganho de peso. Todos os adolescentes, tanto do sexo feminino e masculino, que aumentaram o consumo para > 1,3 porções/dia apresentaram aumento dos níveis sanguíneos de triacilglicerois (aumento entre 7,0-8,4%).
Os resultados evidenciam que o consumo moderado (> 750 ml/dia) durante a adolescência pode ter consequências negativas para a
saúde. Os autores concluem que o aumento da ingestão de bebidas açucaradas pode ser um importante preditor de risco cardiometabólico em jovens, independente do peso corporal.
Portanto, o consumo dessas bebidas deve ser limitado em adolescentes, para que se possa reduzir o
futuro risco cardiometabólico.
Referência
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