sábado, 23 de agosto de 2014

Microbioma intestinal serve como ferramenta de rastreio do câncer colorretal

Estudos recentes têm sugerido que o microbioma intestinal pode ser um fator importante no desenvolvimento do câncer colorretal. Anormalidades no microbioma intestinal foram relatados em pacientes com câncer colorretal.


Pesquisadores da Universidade de Michigan relataram que uma análise do microbioma intestinal é capaz de distinguir com mais sucesso indivíduos saudáveis ​​e aqueles com pólipos adenomatosos pré-cancerosos e aqueles com câncer colorretal invasivo em comparação com a avaliação de fatores de risco clínicos e testes de sangue oculto nas fezes.

O estudo publicado na Cancer Prevention Research avaliou amostra de fezes em 90 pacientes de três grupos clínicos que representam os estágios de desenvolvimento do câncer colorretal: saudável (n=30), adenoma (n=30) e carcinoma (n=30). Os resultados demonstraram que a composição do microbioma intestinal foi diferente para os indivíduos dos três grupos.

Combinado com os fatores de risco clínicos de câncer colorretal (por exemplo, IMC, idade e raça), os dados do microbioma intestinal melhoraram significativamente a capacidade de diferenciar entre os grupos clínicos saudável, adenoma e carcinoma ​​em relação aos fatores de risco sozinhos. Além disso, ao utilizar somente a análise do microbioma intestinal como triagem foi melhor do que o teste de sangue oculto nas fezes para distinguir indivíduos com pólipos adenomatosos pré-cancerosos de pacientes com câncer colorretal invasivo. 

Os autores concluem que os resultados do estudo demonstram a viabilidade de utilização da composição da microbiota intestinal para detectar a presença de lesões pré-cancerosas e cancerosas. Além disso, estes resultados suportam a necessidade de estudos mais transversais, com diversas populações e ligação a outros marcadores de fezes, dados dietéticos e informações pessoais de saúde.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Iogurte com probióticos pode reduzir infecções em crianças

Iogurte e bebidas lácteas fermentadas são bem populares entre as crianças e os pais. Estes produtos fornecem culturas vivas à dieta e nutrição na forma de proteína, vitaminas e minerais. Além disso, estes produtos são relativamente baratos, amplamente disponíveis e fáceis de ingerir. 

Os probióticos são microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde.

 
Estudo publicado na European Journal of Clinical Nutrition avaliou se uma bebida láctea fermentada contendo a cepa probiótica Lactobacillus casei DN-114 001 poderia reduzir a incidência de doenças infecciosas comuns em crianças.

Trata-se de um ensaio clínico duplo-cego (ou seja, nem o pesquisador nem o avaliado sabem o que está sendo ministrado/recebido), randomizado, placebo controlado. Participaram do estudo 638 crianças com idade entre 3 e 6 anos. Dessas crianças, metade recebeu a bebida láctea fermentada contendo a cepa probiótica específica e a outra metade recebeu a bebida placebo (sem culturas vivas) durante 90 dias consecutivos.

Os resultados mostraram que as crianças que receberam a bebida láctea com L. casei apresentaram menor incidência de doenças infecciosas comuns (como infecções de via respiratória alta, ouvido e garganta). A incidência de infecções gastrintestinais foi 24% menor e de infecções em via respiratória alta foi 18% menor no grupo que recebeu a bebida em comparação ao grupo placebo.

Os autores concluem que a ingestão diária da bebida láctea com a cepa L. casei DN-114 001 foi efetiva para evitar infecções em crianças, principalmente as infecções gastrintestinais.

Referência

domingo, 8 de junho de 2014

Intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite? Saiba a diferença

Você sabe a diferença entre intolerância, alergia e sensibilidade? A alergia é uma resposta do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, como algum componente do alimento (geralmente proteínas). A intolerância é uma reação adversa que envolve a digestão ou o metabolismo, mas não o sistema imunológico. Já a sensibilidade é uma resposta anormal, que pode provocar reação semelhante à alergia.

Intolerância a lactose
É a incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados, ou seja, a lactose. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, uma enzima digestiva chamada lactase, que quebra a lactose.
Sem a presença da lactase, o açúcar do leite passa pelo estômago sem ser digerido e chega inalterado ao instestino, onde é fermentado pelas bactérias. Essa fermentação produz ácido lático e gases, promovem maior retenção de água e o aparecimento de diarreias e cólicas.
A intolerância a lactose pode ser de causa genética, hereditária ou pela lesão da mucosa do intestino delgado por alguma infecção. Com o avançar da idade, existe uma tendência natural ao desenvolvimento da intolerância à lactose.
Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, diarreia, flatulência, câimbras, gases, assaduras, inchaço abdominal, náusea e vômito. Os sintomas aparecem entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão dos derivados do leite, que contém lactose.
diagnóstico da intolerância à lactose pode ser feito por exames específicos: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes.
O tratamento inclui dieta e medicamentos. Inicialmente, deve-se evitar o consumo de leite e derivados a fim de promover o alívio dos sintomas. Em seguida, esses alimentos podem ser reintroduzidos aos poucos até identificar a quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas adversos. O objetivo é manter a oferta de cálcio na alimentação, essencial para a formação de massa óssea saudável. Suplementos com lactase e leites modificados com baixo teor de lactose são úteis para manter o aporte de cálcio, quando a quantidade de leite ingerido for insuficiente.
Alergia a proteína do leite
A alergia é uma reação imunológica adversa às proteínas do leite, que se manifesta após a ingestão de uma porção de leite ou derivados. A alergia a proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum e pode provocar alterações no intestino, na pele e no sistema respiratório (tosse e bronquite, por exemplo).
A alergia ocorre principalmente nos três primeiros anos de vida, desaparecendo por volta dos quatro anos, e sendo ainda mais raro em adolescentes. Adultos raramente têm alergia à proteína do leite de vaca.
A maior causa dessa alergia é a inclusão precoce do leite de vaca e fórmulas infantis na alimentação da criança, em substituição ao leite materno. A imaturidade dos sistemas digestivo e imune dos bebês é fator para o desenvolvimento dessa alergia. O organismo da criança não reconhece uma ou mais proteínas do leite de vaca (caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina) e reage a elas.
 

A APLV é difícil de ser diagnosticada. O diagnóstico é feito pelo “teste de desencadeamento”, que consiste na observação da reação do paciente à retirada do leite de vaca e derivados, com posterior reintrodução desses alimentos.
O tratamento consiste na realização da dieta de exclusão por no mínimo 6 meses.  A mãe que amamentar deve seguir uma dieta especial, sem leite de vaca e derivados, sempre sob a orientação de um médico ou nutricionista. O sucesso do tratamento das alergias alimentares depende do adequado seguimento da dieta. Quase sempre a APLV tem cura!
Saiba mais sobre a alergia a proteína do leite aqui

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Consumo de vegetais crucíferos reduz inflamação em mulheres

Estudos demonstram que o maior consumo de vegetais crucíferos ou seus constituintes reduzem a inflamação em animais. Semelhante a muitos alimentos de origem vegetal, os vegetais crucíferos são ricos em vitaminas antioxidantes e fitoquímicos.

Vegetais crucíferos incluem o brócolis, couve-flor, couve de bruxelas, radichio, repolho, wasabi, entre outros.

Vegetais crucíferos
 
Estudo publicado na Journal of Academy of Nutrition and Dietetics demonstrou os benefícios do consumo de vegetais crucíferos devido aos efeitos anti-inflamatórios em mulheres saudáveis.

O objetivo do estudo foi avaliar as associações de consumo de vegetais com marcadores inflamatórios e estresse oxidativo entre 1.005 mulheres chinesas de meia-idade (idade média de 58 anos). O consumo dos alimentos foi avaliado por questionário de freqüência alimentar.  Foram avaliados principalmente o consumo dos vegetais crucíferos comumente consumidos nesta população: couve chinesa, repolho verde, repolho chinês (napa), couve-flor, nabo e rabanete.
O consumo dos vegetais crucíferos foi categorizado em 5 níveis: nível 1 (≤ 42,5 g/dia); nível 2 (42,6-68,4 g/dia); nível 3 (68,5-98,8 g/dia); nível 4 (98,9-140,5 g/dia); nível 5 (> 140,6 g/dia).
Os autores demonstraram que as concentrações dos marcadores inflamatórios - fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), interleucina-1β (IL-1β) e interleucina-6 (IL-6) - foram menores entre as mulheres com maior consumo de vegetais crucíferos, indicando o papel importante dos vegetais crucíferos na modulação da inflamação.

Este estudo sugere que os benefícios previamente observados de consumo de vegetais crucíferos podem ser, em parte, associados aos efeitos anti-inflamatórios desses vegetais.

No entanto, mais estudos devem ser conduzidos para esclarecer quais os componentes específicos dos vegetais crucíferos são responsáveis ​​pela redução da inflamação sistêmica e seus efeitos na saúde.

Referência

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Consumo de frituras aumenta risco genético de obesidade

Estudos demonstram que o consumo de alimentos fritos está positivamente associado com a obesidade e as doenças crônicas relacionadas.


Estudo publicado na revista British Medical Association (BMJ) avaliou as interações entre a predisposição genética e o consumo de alimentos fritos em relação ao índice de massa corporal (IMC) e obesidade.

Foram avaliados o consumo de frituras e outros fatores dietéticos de aproximadamente 40 mil homens e mulheres norte-americanos por meio de questionário de frequência alimentar semi-quantitativo. Os participantes foram questionados sobre a frequência que eles consumiram alimentos fritos em casa e fora de casa. Também foram avaliados o peso corporal e a altura para o cálculo do IMC.

Foram selecionados 32 polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) de 32 genes associados com a obesidade para a genotipagem e cálculo do risco genético para a obesidade.

Os pesquisadores observaram que os indivíduos com o maior risco genético para obesidade, ou seja, com um maior número de polimorfismos, apresentavam maior IMC e maior consumo de frituras por semana (≥4 vezes/semana). Portanto, a associação genética com a obesidade foi reforçada com um maior consumo de alimentos fritos.

Além disso, verificaram que a alteração em genes que atuam no sistema nervoso central, como GNPDA2 (glucosamine-6-phosphate deaminase 2), NEGR1 (neuronal growth regulator 1), SEC16B (SEC16 homolog B) e MC4R (melanocortin 4 receptor), modifica significativamente a preferência pelo consumo de alimentos fritos, principalmente quando também há polimorfismo no gene FTO (fat mass and obesity-associated protein).

Portanto, os resultados demonstram que as influências genéticas sobre a obesidade são amplificadas pelo consumo regular de alimentos fritos, destacando a importância de reduzir o consumo de alimentos fritos em indivíduos geneticamente predispostos à obesidade.

Referência

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Como evitar produtos deteriorados na Páscoa

Com o aumento das compras para a Semana Santa, a Vigilância Sanitária do Rio divulgou os procedimentos que devem ser tomados para se evitar riscos à saúde com o consumo de produtos deteriorados ou contaminados.

"Bacalhau: Todo produto salgado deve ser armazenado em local seco e arejado. A ressalga das peças é proibida, pois mascara os primeiros sinais de deterioração do produto e aumenta seu peso. Não compre bacalhau que tenha manchas rosadas ou vermelhas na superfície das peças, o que indica contaminação por bactérias que se desenvolvem em produtos com alta concentração de sal. Rejeite também produtos com a presença de insetos, larvas, fungos ou bolores (pequenos pontos pretos).



Frutos do mar em geral: Os frutos do mar devem ser comercializados preferencialmente inteiros, para serem limpos e filetados na presença do consumidor. O pescado filetado ou em postas deve ser exposto à venda em balcão refrigerado, abastecido com gelo de água potável, em quantidade suficiente para manter a temperatura em torno de 0º C.

Somente adquira frutos do mar congelados quando devidamente embalados e rotulados, com dados do fabricante, número de registro, data de fabricação e validade. Após a compra, transporte-o rapidamente e acondicione-o sob refrigeração até o preparo. Não se deve colocar o pescado sobre folhas (verduras), para decoração, pois há risco de contaminação para os alimentos.



Peixes: A carne deve estar firme e resistente à pressão dos dedos; com escamas brilhantes e bem aderidas à pele; olhos ocupando totalmente as órbitas; guelras úmidas e intactas (nunca esverdeadas); ventre cilíndrico, sem inchaço ou flacidez.

Crustáceos: Camarões, siris e caranguejos devem ter cheiro próprio e agradável, carapaça aderida ao corpo. Camarões devem ser comercializados com cabeça e descascados somente na presença do consumidor, salvo no caso de terem sido embalados por uma indústria.



Moluscos: As ostras e os mariscos devem apresentar a concha fechada e retenção de água limpa em seu interior e serem consumidos preferencialmente cozidos. Lulas e polvos devem apresentar coloração arroxeada, pele lisa e úmida, carne elástica, com olhos vivos e salientes nas órbitas.

Azeite: Pode ser embalado em lata ou vidro, não adquira embalagens danificadas, enferrujadas, amassadas ou estufadas. O azeite deve ter consistência fluida, aroma e cor característicos. Observe se consta na rotulagem os dados do fabricante, do país de origem, do estabelecimento produtor/importador, prazos de validade, data de fabricação e lote. A fraude mais comum é a mistura de azeite com óleo vegetal (soja), neste caso, a denominação correta do deve ser óleo composto.

Chocolate: É importante tomar alguns cuidados na hora da escolha. Não adquira produtos com embalagem danificada, amassados, quebrados ou amolecidos; observe a rotulagem, que deve conter marca, dados do fabricante, lista de ingredientes, lote, datas de fabricação e validade. Os chocolates são produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, à exceção dos diet, com registro obrigatório.



Os produtos artesanais também devem conter rotulagem completa. Existem indústrias caseiras legalizadas, que atendem às normas sanitárias vigentes. Não compre produtos de locais clandestinos, sem procedência, pois podem conter substâncias nocivas à saúde ou ser preparados em condições de higiene insatisfatórias."


Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2014/04/14/como-evitar-produtos-deteriorados-na-pascoa-531118.asp

terça-feira, 15 de abril de 2014

Orientações de alimentação para a Páscoa

Estamos na época mais doce do ano, a Páscoa! Para muitas pessoas é sinônimo de fartura quando se trata de comida e principalmente, do chocolate.



Veja algumas dicas que preparei para você passar a Páscoa sem ganhar quilinhos extras:

- Antes do feriado, mantenha uma alimentação saudável e balanceada, para evitar o ganho de peso.

- No almoço, consuma primeiro as saladas. Esses alimentos apresentam menos calorias e são ricos em fibras que dão maior sensação de saciedade. Prefira temperos como azeite, limão, vinagre e ervas.


- Quanto as carnes, prefira as carnes magras, peixe e aves (sem pele). Antes de preparar, retire as gorduras visíveis das carnes. E atenção para a bacalhoada, rica em calorias. Controle a quantidade ingerida.

- Para a sobremesa, a melhor opção ainda são as frutas. Evite os doces, pois só acrescentam calorias à sua refeição.

- Mas se a opção for o chocolate, prefira aqueles com mais de 70% de cacau. Além de possuir uma quantidade menor de açúcar, o cacau tem funções antioxidantes que protegem nossas células contra o ataque de radicais livres, prevenido doenças. Já o chocolate branco não apresenta este benefício, pois é feito de manteiga de cacau.

- Fracione o consumo de chocolate. Evite comer uma caixa de bombons ou um ovo de Páscoa inteiro em um único dia. Comer em pequenas porções (30 a 40g/dia) diminui o risco de você desistir da sua dieta.



- Caso você abuse no consumo de chocolate, não tente compensar ficando em jejum nas próximas refeições. Além disso, evite substituir uma refeição por uma quantidade maior de chocolate, pois não basta equilibrar apenas as calorias! Seu organismo precisa de nutrientes!

- Lembre-se que o chocolate diet é tão calórico quanto os tradicionais! Não pense que por ser diet você pode comer a vontade. O chocolate diet apresenta restrição de açúcar mas muitas vezes a quantidade de gordura e calorias é maior do que o produto tradicional. Por isso fique atento aos rótulos e composição nutricional presentes nas embalagens.


- E não se esqueça de se exercitar! A atividade física aumenta o gasto de energia e, assim, minimizará os prejuízos que o excesso alimentar trará.


Desejo a todos uma Feliz Páscoa!

sábado, 8 de março de 2014

Erros mais comuns de quem faz dieta

Toda nova dieta promete perda de peso em curto espaço de tempo. A pressa em conquistar um corpo perfeito pode levar muitas pessoas a cometerem erros na hora de seguir uma dieta. Veja abaixo os erros mais comuns cometidos por quem quer perder peso:


O primeiro grande erro é fazer dieta sem a orientação de um nutricionista
Fazer dietas sem orientação, tanto para engordar quanto para emagrecer, pode causar alterações no organismo. Cada organismo possui necessidades específicas e individuais, e por isso o acompanhamento de um nutricionista é essencial. O plano alimentar elaborado por nutricionista é individualizado, ou seja, é de acordo com o seu peso, estatura, idade, sexo, atividade física, hábitos alimentares e presença de alguma doença.


Passar longos períodos sem se alimentar
É comum as pessoas pensarem que quanto menos se alimentarem, melhor será o resultado final. No entanto, fazer jejum é uma das piores estratégias para perder peso. Pular refeições atrapalha o funcionamento do metabolismo. O corpo passa a armazenar energia ao invés de gastá-la. Além disso, você sentirá mais fome na próxima refeição. O ideal é fazer de quatro a seis refeições (café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar e ceia) ao longo do dia, com intervalos regulares.

Não comer nada à noite
Algumas pessoas acreditam que parar de jantar ajuda a emagrecer. Não se alimentar corretamente à noite é um erro. Pela manhã, você sentirá mais fome e aumentam as chances de exagerar no café da manhã e optar por alimentos mais calóricos. A idéia de que comer alimentos ricos em carboidratos, como pão, arroz e batata, durante a noite é proibido, está errada. Não há diferença se você consumir carboidrato de dia ou à noite, desde que esteja em quantidade adequada. À noite, prefira alimentos menos calóricos, com baixo teor de gorduras e de fácil digestão.

Excluir um grupo de alimentos
Seu corpo precisa de carboidratos, proteínas e gorduras em quantidades adequadas. Uma dieta que sugira que você elimine completamente qualquer um destes grupos pode causar problemas a longo prazo.


Consumir somente produtos diet ou light
Engana-se quem acredita que produto diet é a melhor escolha para perder peso. O chocolate diet, por exemplo,não contém açúcar, mas apresenta maior quantidade de gordura e, consequentemente, maior quantidade de calorias que o chocolate comum. O consumo em excesso de produto light pode resultar na ingestão de uma quantidade igual ou até maior de calorias, comparada ao consumo moderado de algum alimento não light. Por isso, não exagere na dose! A melhor escolha ainda são as verduras, legumes e frutas, incluindo produtos light apenas como complemento de sua alimentação diária.
 
Beber pouca água
A boa hidratação é essencial para a saúde e ajuda a emagrecer. A água é essencial em quase todas as funções do corpo humano e ajuda a manter a temperatura do corpo estável. A ingestão de água é importante para a eliminação das toxinas produzidas pelo organismo, que são expelidas pela urina ou suor. Assim, mantém a pele macia e elástica.


Não se exercitar ou fazer exercícios em excesso
Dieta não faz milagres. A melhor escolha para a perda de peso (ou ganho de peso) saudável é associar dieta e atividade física. Atividades em excesso podem causar lesões e estresse muscular. Nosso corpo tem um ritmo que deve ser respeitado. Portanto, faça atividades físicas com acompanhamento de um educador físico. 



Exagerar no fim de semana
Passar a semana inteira controlando a alimentação não significa que você pode abusar no final de semana. Nada impede de você comer aquela pizza favorita ou um churrasco. Basta consumir com moderação. Caso contrário, a dieta não fará efeito algum.
 
Para emagrecer de forma saudável é necessário garantir que o corpo receba todos os nutrientes necessários para seu bom funcionamento. Procure um nutricionista!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Consumo de bebidas açucaradas aumenta risco cardiometabólico em adolescentes

O consumo  de bebidas açucaradas está associado a ganho de peso, diabetes tipo 2 e aumento do risco cardiovascular em adultos. As bebidas açucaradas incluem refrigerantes e sucos industrializados com adição açúcar.  

Estudos mostram que o consumo de bebidas açucaradas é frequente entre as crianças e adolescentes e está associado a obesidade e risco de alterações cardiometabólicas. No Brasil por exemplo, as crianças e os adolescentes consomem cerca de 21 quilos de açúcar por ano só considerando as bebidas.


Estudo publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition demonstrou que o consumo frequente de bebidas açucaradas aumentou o risco cardiometabólico em adolescentes.

O estudo incluiu dados de 1433 adolescentes, com idade entre 14 e 17 anos, que foram acompanhados do nascimento até a adolescência. O consumo de bebidas açucaradas foi avaliado por meio de questionário de frequência alimentar. Foram avaliados o IMC, perímetro da cintura, pressão arterial, perfil lipídico, níveis de glicemia de jejum e insulina, com a finalidade de estimar o risco cardiometabólico.

Os níveis de consumo de bebidas foram divididos em tercis: 0 a 0,5 porções/dia (125 ml/dia); > 0,5 a 1,3 porções/dia (> 125 a 750 ml/dia; e > 1,3 porções/dia (> 750 ml/dia), em que cada porção foi equivalente a 250 ml.

Observou-se que 89% dos adolescentes consumiam em média 1,3 porções/dia de bebidas açucaradas. As adolescentes com consumo > 1,3 porções/dia apresentaram aumento do risco de sobrepeso e obesidade, e maior risco cardiometabólico. Entre os rapazes houve redução nas concentrações séricas de HDL-colesterol, com redução de -3,1%, independentemente do ganho de peso. Todos os adolescentes, tanto do sexo feminino e masculino, que aumentaram o consumo para > 1,3 porções/dia apresentaram aumento dos níveis sanguíneos de triacilglicerois (aumento entre 7,0-8,4%). 

Os resultados evidenciam que o consumo moderado (> 750 ml/dia) durante a adolescência pode ter consequências negativas para a saúde. Os autores concluem que o aumento da ingestão de bebidas açucaradas pode ser um importante preditor de risco cardiometabólico em jovens, independente do peso corporal.

Portanto, o consumo dessas bebidas deve ser limitado em adolescentes, para que se possa reduzir o futuro risco cardiometabólico.

Referência

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Calculadora prediz risco para Cancer Colorretal

Pesquisadores da Clinica Cleveland nos EUA desenvolveram uma nova ferramenta que permite prever de forma rápida, simples e precisa o risco de desenvolver câncer colorretal. Trata-se de uma calculadora online (CRC-PRO) que avalia o risco de desenvolver a doença. A previsão de risco para o câncer colorretal pode melhorar as estratégias de prevenção, permitindo aos médicos identificar com mais precisão os indivíduos de alto risco

O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Estimativa de novos casos: 32.600, sendo 15.070 homens e 17.530 mulheres (INCA, 2014).



A calculadora de risco online foi criada usando dados do estudo de coorte multiétnico, em que mais de 180 mil pacientes foram seguidos por até 11,5 anos. Ao final do estudo foram desenvolvidos dois cálculos, um para homens e um para mulheres.

O modelo final para os homens incluiu: idade, etnia, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal, escolaridade, o uso regular de aspirina, história familiar de câncer de cólon, o uso regular de polivitamínicosconsumo de carne vermelha por dia, história de diabetes, e as horas de atividade física moderada por dia.  

O modelo final para as mulheres incluiu: idade, etnia, escolaridade, uso de estrogênio, história de diabetes, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, história familiar de câncer de cólon, o uso regular de polivitamínicos, índice de massa corporal, uso regular de anti-inflamatórios. 

A análise estatística demonstrou boa precisão da calculadora. Os autores concluem que a calculadora parece ser precisa, é de fácil utilização e foi validada internamente em uma população diversificada.

Com essa calculadora os médicos poderão identificar melhor aqueles pacientes que possuem risco de câncer.
 
A versão eletrônica da calculadora está disponível aqui.
 
Referência

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Gordura da dieta aumenta as concentrações de glicose e necessidade de insulina em pacientes com diabetes tipo 1

As diretrizes atuais para o tratamento intensivo do diabetes tipo 1 baseiam-se no cálculo do bolus de insulina exclusivamente na contagem de carboidratos. Evidências apontam que a gordura da dieta e os ácidos graxos livres prejudicam a sensibilidade à insulina.

Pizza, por exemplo, pode causar hiperglicemia pós-prandial tardia em pacientes com diabetes tipo 1. Alguns estudos têm mostrado que a utilização de um bolus com ou sem um aumento na dose total é necessário para atenuar a hiperglicemia após as refeições contendo pizza com maior teor de gordura.




Estudo publicado na Diabetes Care, avaliou se refeições com alto teor de gordura exigem mais insulina do que a refeições com baixo teor de gordura e teor de carboidratos padronizado.

Trata-se de estudo do tipo crossover, em que foi avaliado dois períodos de 18 h de controle de glicose após jantar com alto teor de gordura em comparação com jantar de baixo teor de gordura. Cada jantar apresentava teor de carboidrato e proteína padronizados, mas diferente teor de gordura (60 vs 10g).

Participaram do estudo sete pacientes com diabetes tipo 1 (55 ± 12 anos; A1C de 7,2 ± 0,8%). Após jantar rico em gordura foi necessário mais insulina do que o jantar pobre em gordura (12,6 ± 1,9 vs 9,0 ± 1,3 unidades, p = 0,01) e, apesar da insulina adicional, causou mais hiperglicemia.

Os autores concluem que essa evidência de que a gordura na dieta aumenta os níveis de glicose e as necessidades de insulina destaca as limitações da abordagem baseada em carboidratos para o cálculo da dose de bolus de insulina.

Estes resultados apontam para a necessidade de algoritmos de dosagem de insulina alternativos para refeições com teor mais elevado de gordura e sugerem que a ingestão de gordura na dieta é um fator nutricional importante para o controle glicêmico em indivíduos com diabetes tipo 1.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Aconselhamento nutricional intensivo teve efeito benéfico no tratamento do câncer

A desnutrição ocorre com frequência em pacientes com câncer durante e após a radioterapia e/ou quimioterapia. A desnutrição está associada com aumento de morbidade e mortalidade, aumento do risco de complicações, tempo prolongado de permanência no hospital, redução da resposta ao tratamento e redução da qualidade de vida.


Estudo publicado na revista Clinical Nutrition avaliou o efeito do aconselhamento dietético intensivo, individual de pacientes em radioterapia e/ou quimioterapia para câncer ginecológico, gástrico ou esofágico. 

Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado e controlado, realizado com 61 pacientes ambulatoriais. Estes foram estratificados por diagnósticos e distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo intervenção nutricional (n=32) e grupo controle (n=29).

Foram avaliados peso corporal, parâmetros bioquímicos, consumo alimentar por recordatório de 24 horas e questionário de frequência alimentar.

O grupo intervenção nutricional recebeu atendimento nutricional, sendo a primeira consulta no início do estudo, posteriormente uma vez por semana durante o tratamento (devido a diferenças no diagnóstico e tratamento, o estudo teve duração de 5 a 12 semanas) e após três meses o término da quimio e/ou radioterapia. Os cálculos das necessidades energéticas foram feitas com base na equação de Harris-Benedict e as necessidades diárias de proteínas foram estimadas a partir de 1,5 g de proteína/kg de peso corporal por dia. esse grupo recebeu suplemento nutricional oral diário, contendo 605 kcal, 33,8 g de proteínas e 2,2 g de ácido eicosapentaenoico (EPA)


Os principais elementos do aconselhamento nutricional foram: explicar a importância da nutrição em relação à situação atual do paciente, explicar as metas e chegar a acordo sobre metas dietéticas específicas a serem cumpridas até a próxima sessão.

Ao final do período de tratamento, o grupo de intervenção perdeu menos peso que o grupo controle  (média: 44% vs 72%, p <0,05). Além disso, os pacientes do grupo intervenção atingiram o consumo de energia em 107% das necessidades estimadas e atingiram 92% da quantidade estimada de proteína, comparado com 71% dos pacientes do grupo controle.

O estudo demonstrou que o aconselhamento dietético individual e intensivo, com consultas frequentes, em pacientes com câncer esteve associado com uma melhor manutenção do peso corporal e maior fornecimento de quantidades adequadas de proteínas e energia.

Referência

Dieta do tipo sanguíneo não tem fundamento

A dieta 'do tipo sanguíneo' aconselha as pessoas a comer de acordo com o seu grupo sanguíneo (A, B, AB, O) para melhorar sua saúde e diminuir o risco de doenças crônicas, como doença cardiovascular. 

Segundo essa teoria, a dieta do grupo O deve ser rica em proteína animal, pois esse grupo surgiu na época de caça. Em contraste, aqueles com o grupo A devem ter uma dieta vegetariana, uma vez que esse grupo sanguíneo evoluiu quando os seres humanos se estabeleceram em sociedades agrárias. Seguindo o mesmo raciocínio, os indivíduos com sangue do grupo B são beneficiados com o consumo de produtos lácteos, pois esse grupo originou em tribos nômades. Finalmente, os indivíduos com um grupo sanguíneo AB se beneficiam de uma dieta que é intermediária a do o grupo A e do grupo B.


Estudo recente publicado na revista Plos One determinou a associação entre a dieta do tipo sanguíneo e biomarcadores de risco cardiometabólico e se o genótipo de um indivíduo modifica quaisquer associações.

1455 adultos jovens e saudáveis participaram do estudo. A ingestão alimentar foi avaliada por questionário de frequência alimentar e foi calculada uma pontuação da dieta para determinar a aderência a cada tipo de dieta do tipo sanguíneo.

Os resultados mostram que a adesão a dietas do tipo sanguíneo foi associada com um perfil favorável para certos fatores de risco cardiometabólico em adultos jovens, mas estas associações não foram relacionados ao grupo sanguíneo de um indivíduo. 

Portanto, os resultados não suportam a hipótese da dieta do tipo sanguíneo!

Não existe fórmulas mágicas para emagrecer. A melhor opção ainda é uma dieta balanceada e atividade física.. Fica a dica! 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou em dezembro/2013 a "I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular" com o objetivo de discutir as medidas necessárias para serem adotadas como guia prático para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Desde que a SBC estabeleceu como meta, seguindo o exemplo da Organização Mundial da Saúde, de reduzir a mortalidade cardiovascular em 25% até o ano 2025, ficou clara a necessidade de ser elaborada a I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular.

Na diretriz são discutidos os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo os fatores nutricionais (dieta, suplementos e vitaminas).

Veja o documento completo aqui.