Estudos demonstram que o consumo de alimentos fritos está positivamente associado com a obesidade e as doenças crônicas relacionadas.
Estudo publicado na revista British Medical Association (BMJ) avaliou as interações entre a predisposição genética e o consumo de alimentos fritos em relação ao índice de massa corporal (IMC) e obesidade.
Foram avaliados o consumo de frituras e outros fatores dietéticos de aproximadamente 40 mil homens e mulheres norte-americanos por meio de questionário de frequência alimentar semi-quantitativo. Os participantes foram questionados sobre a frequência que eles consumiram alimentos fritos em casa e fora de casa. Também foram avaliados o peso corporal e a altura para o cálculo do IMC.
Foram selecionados 32 polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) de 32 genes associados com a obesidade para a genotipagem e cálculo do risco genético para a obesidade.
Os pesquisadores observaram que os indivíduos com o maior risco genético para obesidade, ou seja, com um maior número de polimorfismos, apresentavam maior IMC e maior consumo de frituras por semana (≥4 vezes/semana). Portanto, a associação genética com a obesidade foi reforçada com um maior consumo de alimentos fritos.
Além disso, verificaram que a alteração em genes que atuam no sistema nervoso central, como GNPDA2 (glucosamine-6-phosphate deaminase 2), NEGR1 (neuronal growth regulator 1), SEC16B (SEC16 homolog B) e MC4R (melanocortin 4 receptor), modifica significativamente a preferência pelo consumo de alimentos fritos, principalmente quando também há polimorfismo no gene FTO (fat mass and obesity-associated protein).
Portanto, os resultados demonstram que as influências genéticas sobre a obesidade são amplificadas pelo consumo regular de alimentos fritos, destacando a importância de reduzir o consumo de alimentos fritos em indivíduos geneticamente predispostos à obesidade.
Referência
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