quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Aconselhamento nutricional intensivo teve efeito benéfico no tratamento do câncer

A desnutrição ocorre com frequência em pacientes com câncer durante e após a radioterapia e/ou quimioterapia. A desnutrição está associada com aumento de morbidade e mortalidade, aumento do risco de complicações, tempo prolongado de permanência no hospital, redução da resposta ao tratamento e redução da qualidade de vida.


Estudo publicado na revista Clinical Nutrition avaliou o efeito do aconselhamento dietético intensivo, individual de pacientes em radioterapia e/ou quimioterapia para câncer ginecológico, gástrico ou esofágico. 

Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado e controlado, realizado com 61 pacientes ambulatoriais. Estes foram estratificados por diagnósticos e distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo intervenção nutricional (n=32) e grupo controle (n=29).

Foram avaliados peso corporal, parâmetros bioquímicos, consumo alimentar por recordatório de 24 horas e questionário de frequência alimentar.

O grupo intervenção nutricional recebeu atendimento nutricional, sendo a primeira consulta no início do estudo, posteriormente uma vez por semana durante o tratamento (devido a diferenças no diagnóstico e tratamento, o estudo teve duração de 5 a 12 semanas) e após três meses o término da quimio e/ou radioterapia. Os cálculos das necessidades energéticas foram feitas com base na equação de Harris-Benedict e as necessidades diárias de proteínas foram estimadas a partir de 1,5 g de proteína/kg de peso corporal por dia. esse grupo recebeu suplemento nutricional oral diário, contendo 605 kcal, 33,8 g de proteínas e 2,2 g de ácido eicosapentaenoico (EPA)


Os principais elementos do aconselhamento nutricional foram: explicar a importância da nutrição em relação à situação atual do paciente, explicar as metas e chegar a acordo sobre metas dietéticas específicas a serem cumpridas até a próxima sessão.

Ao final do período de tratamento, o grupo de intervenção perdeu menos peso que o grupo controle  (média: 44% vs 72%, p <0,05). Além disso, os pacientes do grupo intervenção atingiram o consumo de energia em 107% das necessidades estimadas e atingiram 92% da quantidade estimada de proteína, comparado com 71% dos pacientes do grupo controle.

O estudo demonstrou que o aconselhamento dietético individual e intensivo, com consultas frequentes, em pacientes com câncer esteve associado com uma melhor manutenção do peso corporal e maior fornecimento de quantidades adequadas de proteínas e energia.

Referência

Dieta do tipo sanguíneo não tem fundamento

A dieta 'do tipo sanguíneo' aconselha as pessoas a comer de acordo com o seu grupo sanguíneo (A, B, AB, O) para melhorar sua saúde e diminuir o risco de doenças crônicas, como doença cardiovascular. 

Segundo essa teoria, a dieta do grupo O deve ser rica em proteína animal, pois esse grupo surgiu na época de caça. Em contraste, aqueles com o grupo A devem ter uma dieta vegetariana, uma vez que esse grupo sanguíneo evoluiu quando os seres humanos se estabeleceram em sociedades agrárias. Seguindo o mesmo raciocínio, os indivíduos com sangue do grupo B são beneficiados com o consumo de produtos lácteos, pois esse grupo originou em tribos nômades. Finalmente, os indivíduos com um grupo sanguíneo AB se beneficiam de uma dieta que é intermediária a do o grupo A e do grupo B.


Estudo recente publicado na revista Plos One determinou a associação entre a dieta do tipo sanguíneo e biomarcadores de risco cardiometabólico e se o genótipo de um indivíduo modifica quaisquer associações.

1455 adultos jovens e saudáveis participaram do estudo. A ingestão alimentar foi avaliada por questionário de frequência alimentar e foi calculada uma pontuação da dieta para determinar a aderência a cada tipo de dieta do tipo sanguíneo.

Os resultados mostram que a adesão a dietas do tipo sanguíneo foi associada com um perfil favorável para certos fatores de risco cardiometabólico em adultos jovens, mas estas associações não foram relacionados ao grupo sanguíneo de um indivíduo. 

Portanto, os resultados não suportam a hipótese da dieta do tipo sanguíneo!

Não existe fórmulas mágicas para emagrecer. A melhor opção ainda é uma dieta balanceada e atividade física.. Fica a dica! 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou em dezembro/2013 a "I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular" com o objetivo de discutir as medidas necessárias para serem adotadas como guia prático para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Desde que a SBC estabeleceu como meta, seguindo o exemplo da Organização Mundial da Saúde, de reduzir a mortalidade cardiovascular em 25% até o ano 2025, ficou clara a necessidade de ser elaborada a I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular.

Na diretriz são discutidos os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo os fatores nutricionais (dieta, suplementos e vitaminas).

Veja o documento completo aqui.