Estudo de metanálise publicado na Journal of the American Medical Association (JAMA) avaliou 78 ensaios clínicos randomizados (296.707 participantes, com idade média de 63 anos, 46% mulheres) que avaliaram o uso de suplementos
antioxidantes para a prevenção de todas as causas de mortalidade. Destes estudos, 26 avaliaram 215.900 indivíduos saudáveis, e os 52
estudos restantes avaliaram 80.807 participantes com doenças crônicas
estáveis, como doença coronária, diabetes mellitus, Alzheimer e
degeneração macular relacionada à idade.
Todos os antioxidantes foram administrados por via oral, isoladamente ou em combinação com vitaminas, minerais, ou outras intervenções. A duração média da suplementação foi de 3 anos.
A análise estatística demonstrou que a
mortalidade foi maior nos indivíduos suplementados com
antioxidantes (RR: 1,03 [IC 95%:
1,01-1,05]). O beta-caroteno, vitamina E e vitamina A foram associados com maior
mortalidade, enquanto vitamina C e selênio não
foram associados com maior ou menor mortalidade.
Os autores concluem que suplementos antioxidantes estão associados com maior mortalidade por
todas as causas, principalmente com doses elevadas de beta-caroteno,
vitamina E, e vitamina A. Portanto, não recomendam o uso de
suplementos antioxidantes como medida de prevenção primária ou
secundária.
"Estudos clínicos randomizados controlados futuros devem tentar definir os níveis de deficiência para avaliar se os suplementos antioxidantes podem oferecer mais benefícios do que malefícios", comentam os autores.
Os autores não relataram a dosagem dos suplementos antioxidantes avaliados.
Bjelakovic G, Nikolova D, Gluud C. Antioxidant supplements to prevent mortality. JAMA. 2013;310(11):1178-9.
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