domingo, 15 de outubro de 2017

Esteatose hepática (gordura no fígado): o papel da dieta

A esteatose hepática é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado. A esteatose hepática pode ser classificada em alcoólica, causada pelo consumo excessivo de álcool, e não alcoólica, provocada por diversos fatores, entre os quais se destacam excesso de peso e sedentarismo. Em média uma em cada cinco pessoas com sobrepeso desenvolvem esteato-hepatite não alcoólica.

A esteatose pode ser identificada por exame de sangue, quando há alterações nas enzimas hepáticas, ou por exame de imagem. Pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas causas forem controladas. O diagnóstico em fase inicial é fundamental para evitar a progressão da doença, que pode culminar em cirrose, com comprometimento severo das funções do fígado, ou câncer de fígado.

O tratamento inclui a associação de acompanhamento médico e uso de medicamentos, acompanhamento nutricional, atividade física e mudanças no estilo de vida (cessação do consumo de álcool e do tabagismo). Em indivíduos obesos, a perda de peso é o objetivo principal para a redução da gordura no fígado.

A dieta deve priorizar o consumo de alimentos de origem vegetal, grãos e cereais integrais, preparações com baixo teor de gordura, carboidratos com baixo índice glicêmico, carnes magras. Além disso, deve optar-se por alimentos grelhados, assados ou cozidos para não adicionar gordura aos alimentos. Alimentos ricos em açúcar e sal, embutidos, manteiga, óleos, bolos com cobertura, sonhos, goiabada, doce de leite, frituras, pizzas, sanduíches, hambúrgueres e alimentos industrializados, por exemplo, devem ser evitados.


O acompanhamento nutricional tem papel fundamental tanto na prevenção quanto na reversão da doença.