segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Perímetro da cintura prediz inversão da resistência à insulina pós cirurgia bariátrica

O perímetro da cintura é um método válido, confiável e fácil e tem sido considerado uma ferramenta útil para a predição de adiposidade abdominal e resistência à insulina.

Estudo publicado no International Journal of Obesity validou a medida do perímetro da cintura para avaliar a inversão da resistência à insulina após perda de peso induzida pela cirurgia bariátrica.

Foram avaliadas a sensibilidade à insulina e o perímetro da cintura em indivíduos obesos, antes e após cirurgia bariátrica. A sensibilidade à insulina foi avaliada pelo indicador HOMA-IR ou pelo clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.

Foram avaliadas as medidas de perímetro da cintura e HOMA-IR em 211 indivíduos antes e após 1,5 a 3 anos de perda de peso induzida pela cirurgia bariátrica. Em 53 mulheres, a sensibilidade a insulina também foi mensurada pelo clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.

O ponto de corte < 100 cm para o perímetro da cintura foi associado a inversão da resistência à insulina com razão de chance para o HOMA-IR de OR=49 (p < 0,001) e de OR=32 (p<0,001) para o clamp.

Os autores concluem que, na prática clínica, o perímetro da cintura pode ser preditor da inversão da resistência à insulina após a perda de peso induzida pela cirurgia bariátrica.

Referência Bibliográfica

Guia prático de diagnóstico e tratamento da Alergia às Proteínas do Leite de vaca mediada pela imunoglobulina E

O Guia prático de diagnóstico e tratamento da Alergia às Proteínas do Leite de vaca mediada pela imunoglobulina E publicado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição aborda aspectos relacionados aos conceitos, epidemiologia, fatores de risco e mecanismos de tolerância oral, classificação, alérgenos do leite de vaca, tratamento nutricional, papel dos probióticos, prebióticos e simbióticos, prevenção, entre outros.

Referência:
Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012.
Disponível em: http://asbai.org.br/revistas/vol356/Guia-35-6.pdf

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Nutrição na Atividade Física

Os praticantes de atividade física devem ter uma alimentação balanceada, contendo alimentos de todos os grupos alimentares e nas quantidades adequadas. 

A alimentação tem um papel importante na atividade física, pois fornece os nutrientes necessários, que variam de acordo com o tipo de exercício e o objetivo que se pretende alcançar como, por exemplo, perda de peso ou ganho de massa muscular.

Orientações gerais:

· Nunca treine em jejum! Seu organismo precisa da energia dos alimentos. Caso contrário, a energia será retirada do seu músculo, deixando-o fraco.

· Faça as refeições em horários determinados e com intervalos regulares entre elas. 

· Não pule nenhuma refeição, pois isso vai aumentar a sua fome e você comerá mais na próxima vez em que se alimentar. Além disso, sua capacidade de queimar gordura diminui quando você fica longos períodos sem se alimentar.

· Coma devagar e mastigue bem os alimentos. Saboreie as refeições.

Antes do exercício
Grande importância no fornecimento de alimentos fontes de carboidratos para começar o exercício com energia suficiente. Os carboidratos servem de matéria-prima para a produção de glicogênio muscular que é a principal fonte de energia utilizada durante os exercícios.

Alimentos ricos em gorduras não devem ser consumidos próximo ao início do treino por terem uma digestão mais demorada e podem causar desconforto gástrico.

Exemplos de lanches:

. 1 copo de suco + 2 fatias de pão integral + 1 colher de sopa de geléia ou queijo branco (1 hora antes do exercício); 
ou
. 1 vitamina de fruta com leite desnatado + 1 colher de sopa de mel ou 1 barra de cereais (30 minutos antes);
ou
. 1 fruta (15 minutos antes).

Após o exercício
Após a prática de exercícios, consuma alimentos fontes de carboidratos, para repor rapidamente os estoques de glicogênio e preparar o músculo para atividades subsequentes, e proteínas, para recuperação do músculo.

Exemplos de lanches:
- Logo após: Maltodextrina ou 1 suco de laranja.

- Até 1 hora depois:
1 vitamina de fruta com leite desnatado + 1 sanduíche de pão integral com queijo e peito de peru + 1 fruta com mel
ou
1 prato de macarronada com carne moída + 1 suco de frutas

Atenção! Lembre-se sempre de iniciar o exercício bem hidratado. A ingestão de líquidos deve acontecer antes, durante e após a atividade física, sempre que possível, para repor a perda hídrica que ocorre durante a atividade.

O ideal é a cada 15-20 minutos ingerir uma quantidade de 150-200mL.

A associação entre a prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada, orientados por profissionais capacitados, permite a obtenção de melhores resultados!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Castanha do Brasil melhora perfil lipídico de indivíduos saudáveis


A castanha do Brasil possui  elevado teor de selênio (entre 8 e 83 mg/g) e ácidos graxos insaturados, apresentando efeitos benéficos para a saúde. Estudos têm indicado que o consumo de castanhas do Brasil a longo prazo apresenta efeito benéfico sobre o colesterol sérico em indivíduos obesos e não obesos.

Estudo randomizado avaliou o efeito do consumo de castanha do Brasil no perfil lipídico de indivíduos saudáveis. Trata-se de um estudo crossover randomizado, em que 10 indivíduos saudáveis, incluindo 6 homens e 4 mulheres (idade média de 24,7 ± 3,4 anos) receberam 4 tratamentos com diferentes quantidades de castanha (0, 5, 20 e 50 g), com intervalo de 30 dias entre cada tratamento.

Foi aplicado recordatório 24 horas e questionários de frequência alimentar após a última coleta de sangue para verificar os tipos de alimentos consumidos durante o período de estudo. As amostras de sangue foram coletadas por punção venosa antes e após 1, 3, 6, 9, 24 e 48 horas e 5 e 30 dias após a ingestão da castanha. Foram dosados glicemia de jejum, colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos, selênio, alanina e aspartato aminotransferases, albumina, proteína total, fosfatase alcalina, gama GT, ureia, creatinina e proteína C-reativa.

Foi observado aumento significativo dos níveis plasmáticos de selênio após 6 horas do consumo, em todos os tratamentos. O LDL foi significativamente inferior, enquanto o HDL foi significativamente superior 9 horas após a ingestão de 20 ou 50 g de castanhas, mostrando que a ingestão de 4 castanhas/dia parece ser suficiente para apresentar efeito benéfico. Os parâmetros bioquímicos da função hepática e renal não foram modificados pela ingestão de castanhas.

Os autores concluem que a ingestão de uma pequena porção de castanha do Brasil pode melhorar o perfil lipídico sérico de indivíduos saudáveis sem produzir efeito tóxico hepático ou renal.

No entanto, vale ressaltar a importância de estudos com maior número de indivíduos e em condições de dislipidemia.

Referência:
Colpo E. et al. A Single Consumption of High Amounts of the Brazil Nuts Improves Lipid Profile of Healthy Volunteers. Journal of Nutrition and Metabolism.
http://www.hindawi.com/journals/jnume/2013/653185/

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Chá verde está associado a efeitos favoráveis para diabéticos


Os efeitos mais importantes do chá na saúde humana têm sido atribuídos ao chá verde, e os efeitos de promoção da saúde do chá verde são principalmente atribuídos às catequinas, que pertencem a uma família de compostos conhecidos como polifenóis.

Um estudo de metanálise constatou que o consumo de chá verde (cerca de 4 xícaras/dia) foi associado a redução significativa no risco de diabetes mellitus tipo 2 (Jing et al., 2009).

Recente metanálise publicada na revista The American Journal of Clinical Nutrition avaliou quantitativamente o efeito do chá verde no controle da glicemia e sensibilidade à insulina a partir de uma busca nas bases de dados PubMed, EMBASE e Cochrane Library, em que foram selecionados estudos clínicos randomizados que avaliaram os efeitos do chá verde e/ou extrato de chá verde.

Os critérios utilizados para seleção dos estudos foram: 1) consumo do chá ou extrato por 2 semanas ou mais; 2) valores disponíveis de glicemia de jejum e insulina basais e finais; 3) extrato de chá verde não oferecido como suplemento; 4) inclusão de grupo controle.

Foram avaliados 17 estudos, com um total de 1.133 indivíduosDentre os estudos, 10 utilizaram as catequinas do chá verde em cápsulas e 7 utilizaram as folhas para a bebida. O conteúdo de catequinas do chá verde nos estudos variou de 208 a  1207 mg/dia (média de 457 mg/dia) e a duração do consumo do chá variou entre 2 semanas e 6 meses.

O consumo de chá verde reduziu significativamente a glicemia de jejum (0,09 mmol/L, p<0,01) e as concentrações de insulina de jejum (-1,16 μIU/mL, p=0,03). Além disso, foi encontrada redução siginificativa nas concentrações de HbA1c  (0,3%, p<0,01), indicando que o chá verde tem um efeito significativo a longo prazo na redução da glicose.

Os autores concluem que o consumo de chá verde está associado com efeitos favoráveis para pacientes com diabetes tipo 2, por promover diminuição da glicemia de jejum e da concentração sanguínea de hemoglobina glicosilada (HbA1c). No entanto, sugerem que estudos de longo prazo e de alta qualidade ainda devem ser realizados para confirmar estes resultados.

Referências:
Jing Y, Han G, Hu Y, Bi Y, Li L, Zhu D. Tea consumption and risk of type 2 diabetes: a meta-analysis of cohort studies. J Gen Intern Med 2009;24:557–62.

Liu K, Zhou R, Wang B, Chen K, Shi LY, Zhu JD, Mi MT. Effect of green tea on glucose control and insulin sensitivity: a meta-analysis of 17 randomized controlled trials. Am J Clin Nutr. 2013;98(2):340-8.